Txiiiiiiiiiiiiiciquiiiipuuuuuuuuum !
Estou farta do blog ;)
Another day in paradise *
"Ler pode tornar o homem perigosamente humano"
Volta coração*
Quero ouvir a minha música. Escrever e pensar em ti. Estar sozinha e mergulhar de cabeça do teu peito. Ouvir o teu coração bater de uma forma única e sentir-me viva!
Quero deixar de estar assim, quero lutar contra a maré das saudades e contra o aperto no coração. Onde estás? Eu estou aqui, eu quero-te aqui, eu preciso de ti aqui. Onde estás? Encontra-me. Procura-me.
Perdi-te e deixaste-me aqui.
Agora sinto-me pequena, leve, com o peso da saudade, sinto-me nada! Vou trepar uma árvore dos sonhos e segurar-me a uma folha. Voaaaaaaaaaaaaaaaaaar !
Vou atirar-me daí e ver por onde aterro. Quero nadar nas profundezas do mar, explorar o oceano. Ser mordida pelos bichos-do-mato e perder-me na amazónia.
Porque a espera? Eu quero já, agora.
Vens ver as estrelas comigo? Já não aguento nem mais um segundo sem ti Coração!
Hoje. Hoje percebi que eu sou eu. Hoje eu sei que não passo de mais ninguém a não ser de mim e não podia estar mais feliz assim. Hoje não quero ser mais ninguém, porque amanha serei a tua heroína, a tua vitima, a tua solução, a tua desorientação, a tua mudança, a tua palavra, a tua alma! Hoje serei eu para ti, seremos ambos os reis do mundo, mas promete que amanha ainda estarás comigo. E que este “amanha” será o sempre de que me falas. Hoje já ninguém me muda e amanha estarás cá para me proteger tal como fazes todos os dias!
Foste.
MORRE! Acabaste. Acabou!
Chega de brincares comigo, chega de festa para o teu lado, chega de gozo, chega de ti.
Desta vez morres só, porque desta vez eu não vou estar la para te dar a mão e te pedir desculpa não sei porquê. Desta vez quero que percebas por ti que quando voltares já vai ser tarde para me pedires desculpa.
ISSO, FORÇA. Enche-te de orgulho e mata-me. Mata-me por que já não aguento ver-te sorrir dessa forma infeliz.
Sai do meu corpo, da minha mente, já! Leva contigo as memórias e recordações boas e deixa as más para poder sentir desprezo por ti.
Torna-me mais forte, agora que já provei do teu veneno quero que desapareças!
Palavras sem nexo ganham-no em ti.
O ‘Adeus’ com que te despediste de mim nunca fizeram nada por nós e a tristeza sabe amerda.
Desta vez vou deixar-te escorregar em mim e caíres desamparada no lixo que te deixo á minha passagem. O teu sorriso esvai-se na minha cabeça e rapidamente me esqueço de ti.
Quanto maior for a frase, maior é a tristeza.
Eu ainda não bebi antídoto suficiente para constatar que esta inspiração é apenas por ti.
Eu ainda penso que mergulhar-te em frases e metáforas te irá fazer passar as mãos pela cara e sucessivamente tirar o resto dos desgostos que por aí ainda te enfeitam.
Talvez por erro falhou-me o facto de não saberes nadar, pelo menos na minha saudade.
Tens razão, é como areia movediça, quanto mais tentas sair mais te afundas.
Talvez o que eu sinta por ti seja a dor do desprezo.
Já apaguei todas a fotos, todos os textos. Já tentei apagar as memorias mas tu continuas a atormentar-me e eu pergunto-me : “Dá-te prazer?”
Quero aprender por mim que o desprezo é a forma mais simpática da vingança.
Morre.
Prova do teu veneno.
Atira-te para bem longe daqui.
Desaparece de perto de mim.
Faz com que sejas esquecida por todos que ainda lutam por ti e por aqueles que deixas-te namerda.
Sente o que fizeste toda a gente sentir.
Enfia-te num casulo e nunca nunca mas nunca de lá saias.
Não venhas fica aí.
Contrariei tanto o destino em sentido contrário...
Vai que agora estou calma.
Chega de brincares comigo, chega de festa para o teu lado, chega de gozo, chega de ti.
Desta vez morres só, porque desta vez eu não vou estar la para te dar a mão e te pedir desculpa não sei porquê. Desta vez quero que percebas por ti que quando voltares já vai ser tarde para me pedires desculpa.
ISSO, FORÇA. Enche-te de orgulho e mata-me. Mata-me por que já não aguento ver-te sorrir dessa forma infeliz.
Sai do meu corpo, da minha mente, já! Leva contigo as memórias e recordações boas e deixa as más para poder sentir desprezo por ti.
Torna-me mais forte, agora que já provei do teu veneno quero que desapareças!
Palavras sem nexo ganham-no em ti.
O ‘Adeus’ com que te despediste de mim nunca fizeram nada por nós e a tristeza sabe a
Desta vez vou deixar-te escorregar em mim e caíres desamparada no lixo que te deixo á minha passagem. O teu sorriso esvai-se na minha cabeça e rapidamente me esqueço de ti.
Quanto maior for a frase, maior é a tristeza.
Eu ainda não bebi antídoto suficiente para constatar que esta inspiração é apenas por ti.
Eu ainda penso que mergulhar-te em frases e metáforas te irá fazer passar as mãos pela cara e sucessivamente tirar o resto dos desgostos que por aí ainda te enfeitam.
Talvez por erro falhou-me o facto de não saberes nadar, pelo menos na minha saudade.
Tens razão, é como areia movediça, quanto mais tentas sair mais te afundas.
Talvez o que eu sinta por ti seja a dor do desprezo.
Já apaguei todas a fotos, todos os textos. Já tentei apagar as memorias mas tu continuas a atormentar-me e eu pergunto-me : “Dá-te prazer?”
Quero aprender por mim que o desprezo é a forma mais simpática da vingança.
Morre.
Prova do teu veneno.
Atira-te para bem longe daqui.
Desaparece de perto de mim.
Faz com que sejas esquecida por todos que ainda lutam por ti e por aqueles que deixas-te na
Sente o que fizeste toda a gente sentir.
Enfia-te num casulo e nunca nunca mas nunca de lá saias.
Não venhas fica aí.
Contrariei tanto o destino em sentido contrário...
Vai que agora estou calma.
Ler devia ser proibido .
«A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.
Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Dom Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verosimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários.Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incómodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores e alegrias, tantos outros sentimentos… A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna colectivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.»
Texto de Guiomar de Grammon *
Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Dom Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verosimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários.Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incómodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores e alegrias, tantos outros sentimentos… A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna colectivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.»
Texto de Guiomar de Grammon *
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